Antes de pensar no processo de inclusão
de estudantes com estas patologias no sistema regular de ensino, é preciso
compreender o que são, quais seus sintomas, quais as formas de tratamento e
prevenção e quais os fatores de risco que elas apresentam. Por conta disto,
neste sábado, uma Mesa Redonda foi realizada durante o I Encontro de Educação
Inclusiva, realizado pela Prefeitura Municipal, através da Secretaria de
Educação, em Santo Amaro.
Mediada, com maestria, por Josemeire
Tosta Araújo, coordenadora do Ensino Fundamental II, na rede municipal de
ensino, a Mesa teve como tema O processo de inclusão para pessoa com Paralisia
Cerebral, Esquizofrenia e Autismo e contou com três debatedores: Wagner Max, fisioterapeuta
que labora no NASF – Núcleo de Apoio à Saúde da Família em Santo Amaro; Beatriz
dos Santos Pinheiros, psicopedagoga e coordenadora do CEMOC – Complexo
Educacional Municipal de Oliveira dos Campinhos e a doutoranda Mônica Isabel Barreto,
especialista em Educação Especial.
Max definiu a paralisia cerebral como
um conjunto de desordens permanentes que afetam o movimento e postura. Ele
mostrou que mesmo ciente de que esta patologia não tem cura, por ser uma
consequência irreversível no sistema nervoso central, é necessário estimular a
criança a não ficar parada. “Mexer é o melhor remédio, pois é preciso que criança
desenvolva seu maior potencial possível em todos os aspectos de sua vida”.
Beatriz começou sua exposição contando uma história com cenas fortes de violência cujo personagem principal tinha sérias dificuldades de distinguir o mundo real do imaginário. Segundo ela, a esquizofrenia é uma doença mental crônica que se manifesta na adolescência ou início da idade adulta e apresenta várias manifestações, afetando diversas áreas do funcionamento psíquico: “delírios, alucinações e alterações de pensamento”.
Ela encerrou citando alguns esquizofrênicos de sucesso como o pintor pós-impressionista neerlandês, Vicent van Gogh, considerado um dos maiores de todos os tempos e reafirmou a importância do atendimento psicossicial e da participação da família para que o processo de inclusão seja bem sucedido.
Isabel tratou
sobre o autismo. Segundo ela, trata-se de um transtorno global do
desenvolvimento marcado por três características: dificuldade para perceber as emoções
do outro; não desenvolve a teoria da mente (deduzir o que o outro está
pensando) e dificuldade no domínio da
linguagem para comunicar-se. Ela encerrou dizendo que é garantido por lei que
todo estudante autista tem direito a um acompanhante especializado em sala de
aula.
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