Há dois
meses, mais precisamente na Semana do Meio Ambiente, a Prefeitura de Santo
Amaro deu início a uma experiência singular: O Projeto Descarte Legal dos Resíduos Eletrônicos. Coordenado pela Secretaria de
Meio
Ambiente, a iniciativa é
desenvolvida em parceria com estabelecimentos comerciais, escolas e outras
repartições públicas com a pretensão de conscientizar a população sobre os
riscos danosos que o descarte ilegal de lixo eletrônico pode causar.
O que
parecia um pouco improvável, em virtude da falta de conhecimento por parte de
uma camada grande dos munícipes que, até então, misturava esse tipo de lixo aos
demais, está dando muito certo na cidade que é porta de entrada para o recôncavo
baiano. Por conta disto, a equipe de reportagem da Prefeitura Municipal foi às
ruas e constatou que mudanças de hábitos e atitudes já começaram acontecer no modus vivendi dos santoamarenses.
Na loja onde
a jovem Leila Sousa Gomes é gerente, por exemplo, está instalada uma das caixas
coletoras destes resíduos. Em sua avaliação o projeto chegou em um momento
apropriado “porque antes as pessoas não sabiam onde descartar o lixo eletrônico
que é produzido em suas casas. Hoje, com estes pontos de coleta espalhados pela
cidade, elas já sabem onde descartá-los com segurança e sem agredir ao meio
ambiente e consequentemente a nossa saúde”, afirmou.
Como funciona?
De acordo com Augusto Machado – coordenador de Meio
Ambiente do município – o Descarte Legal
de Resíduos Eletrônicos consiste em “distribuição de caixas coletoras de
pequenos eletrônicos nos comércios da cidade, bem como em escolas e algumas
repartições públicas, com o objetivo de coletar pequenos eletrônicos, tais
como: pilhas, baterias e celulares sem utilidade, para serem destinados
corretamente através de empresa ou cooperativa de reciclagem devidamente
autorizada e qualificada para realizar este tipo de procedimento”, explicou.
Antes disso, adverte Maria
José Menezes, assessora administrativa da Secretaria, é
feito um trabalho intenso de conscientização cidadã em diversos espaços sociais. “Realizamos visitas e palestras com objetivo de sensibilizar a população acerca das graves consequências
que os metais pesados presentes nos equipamentos eletrônicos se forem
descartados de forma incorreta, podem trazer para nossa saúde”.
Ela orienta
que, quando
as caixas coletoras,
que foram ecologicamente preparadas e doadas pela empresa
Penha Papéis e Embalagens,
estiveram cheias ou
com quantidade considerável de eletrônicos, tanto Leila quanto todos os outros responsáveis
pelos estabelecimentos devem entrar em contato com a
Secretaria através do telefone (75) 3241 2809 para esta fazer a coleta
destinando os resíduos para a Cooperativa de Reciclagem Geral da Bahia, com sede em Salvador, que também
apoia o projeto.
Onde descarta?
Além da Casa
das Antenas, onde Leila gerencia, as caixas coletoras foram distribuídas em
diversos outros locais onde a população pode depositar seu lixo eletrônico. São
eles: Supermercado Pereira, Farmácia Santo Amaro, Max Phone, Supermercado Todo
Dia, Lojas Guaibim, Ricardo Eletro, Lojas São Luis, Magazine Luiza, Loja Dom
Pedro, Gabinete do Prefeito, Sadosp, Supermercado Brindes.
De acordo com o secretário de Meio Ambiente,
Agricultura, Pecuária, Recursos Hídricos e Administração Distrital, Edson
Moniz, o projeto é fundamentado na Lei nº
12.305/10, que institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos. “Queremos
solucionar o problema de descarte destes resíduos eletrônicos no solo, no rio,
em encostas, na rua, de modo geral em locais impróprios, que causam impactos
ambientais e problemas de saúde e, ao que parece, estamos no caminho certo”,
afirmou o secretário.
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